Nas minhas viagens a câmera nunca faltou. Desde a adolescência ficou apaixonado pela fotografia. Cresci com filmes fotográficos antigos. Muito tarde mudei para o digital. O digital permite uma infinidade de coisas, que com a fotografia tradicional com filme não era pensável. Gosto particularmente da fotografia de paisagem, porque para mim viajar significa ver novas paisagens naturais. Me atraem também o legado histórico e arqueológico e as populações, que habitam este planeta maravilhosamente diversificado.
Para refinar a minha técnica fotográfica e partilhar os meus interesses com outros aficionados assim aprendendo os segredos do fotografo, eu decidi este ano tentar uma viagem “fotográfica”. Esta escolha foi motivada pela curiosidade de ver a diferença entre uma viagem dedicada à fotografia e uma viagem organizada, onde todos os participantes têm que fazer tudo com rapidez e onde raramente existe tempo suificiente para admirar a beleza, pela qual atravessamos a metade do mundo.
O que eu desaprovo bastante nas viagens organizadas, uma razão pela qual eu costumo viajar sozinho, é desperdiçar horas numa loja de souvenir ou num restaurante, enquanto lá fora ou ao longo do caminho há coisas únicas para admirar e fotografar. No passado havia lugares e ruas onde, se eu estivesse sozinho, eu teria parado muito mais vezes para admirar a paisagem, mas numa viagem organizada continuamos sem parar e depois esperamos horas numa pequena loja para comprar um objecto sem um valor auténtico somente para deita-lo um dia ao lixo.
O que eu imediatamente percebi e que me atraiu ao decidir participar duma viagem fotográfica é: O pequeno número de participantes, a presença dum fotógrafo profissional, que nos mostrará as melhores técnicas para tirar fotos, os destinos realmente interessantes e idóneos para esse tipo de viagem, o tempo, que temos à nossa disposição para fazer tiros sem ter que apressar-me para que possa tirar fotos com a melhor luz. De acordo com seus interesses posso optar por viagens, que cuidam da paisagem ou dos destinos para observar e fotografar animais em seu ambiente natural. Há outras viagens dedicadas a fotografar as cidades e os usos e costumes das populações de todos os cantos do planeta. Então posso escolher entre uma fotografia paisagística, uma fotografia natural, uma fotografia etnográfica, uma fotografia arquitetônica ou uma mistura de todas essas variantes de fotografia.
Entre os destinos encontramos a África com as suas paisagens marcantes e a riqueza da vida selvagem sem precedentes. Geralmente os países propostos são os da África Austral como o Botswana, a Namíbia ou a República da África do Sul. Mas pode-se pensar também à Tanzânia, ao Quênia, a Uganda, à Etiópia e a Madagascar. Quanto à Ásia há propostas para a China, a Índia, o Vietname, a Mongólia, a Birmânia e o Japão. Na Europa as viagens à Islândia, à Irlanda, à Noruega, à Escócia, à Provença, à Normandia, aos Dolomitas e à Toscana são muito bonitas.
Na América do Norte os destinos mais atractivos são o Canadá com as espectaculares Montanhas Rochosas dos Parques Nacionais de Alberta e Colúmbia Britânica e os Estados Unidos da América com o Alasca, os Parques de Utah, Wyoming e Arizona, mas também a cidade de Nova Iorque. Na América do Sul valem a pena de ver os itinerários únicos como as montanhas dos Andes, o Pantanal no Brasil, os Parques Nacionais da Patagónia e as áreas desérticas de alta altitude entre a Argentina e o Chile. Há também viagens espetaculares do ponto de vista de paisagens na Austrália e na Nova Zelândia.
Texto português corrigido por Dietrich Köster.