Um sabor da culinária havaiana. Métodos de cozimento antigos das ilhas havaianas.
O método tradicional de cozinhar mais popular das ilhas havaianas foi assar num “imu” ou seja num forno subterrâneo. Para construir um “imu” precisa cavar uma cova rasa no chão e neste poço é então acendido um fogo.
A parte inferior do “imu” é coberta com grandes pedras, que são aquecidas a uma temperatura alta. Folhas ou ervas molhadas são distribuídas sobre as pedras quentes para evitar queimaduras. A comida é envolta em folhas e coberta com gengibre ou folhas de bananeira e em seguida colocada dentro do “imu”, que é coberto com esteiras e chão.
Um tubo de bambu é inserido no “imu” de modo que a água pode ser derramada no interior do “imu” para criar o vapor. A combinação de cozimento assado e de vapor, que é criado no “imu”, é chamada na língua havaiana como “Kalua”. Os vários invólucros de alimentos tais como peixes, taro e legumes envoltos em folhas e cozidos no “imu”são chamados “laulau pi’ao”.
Outro método popular de cozinhar das ilhas havaianas é cozinhar numa cama de brasas. Bananas e pão são assados nas suas peles, enquanto outros alimentos são embrulhados em folhas. Os havaianos não tinham utensílios de cozinha à prova de fogo. Para ferver a água eram inseridas pedras aquecidas em tigelas de madeira cheias de água. O sal era recolhido do mar. Panelas rasas e revestidas com argila eram colocadas ao longo da costa perto do ponto de maré alta de modo a obter cristais de sal.
Um saboroso condimento havaiano era preparado assando as nozes de kukui e triturando os grãos num almofariz de pedra. Uma pequena quantidade de sal era adicionada ao amendoim. Uma pitada deste condimento era usada para outros alimentos. Um outro condimento muito utilizado era preparado a partir duma variedade de algas chamadas “limukohu”. As algas eram trituradas e ingeridas em pequenas quantidades como um condimento.
Os primeiros havaianos bebiam água ou leite de coco. Todas as bebidas eram muito importantes para viagens oceânicas. Uma bebida menos comum era a raiz da planta ‘awa, parcialmente seca, mastigada e cuspida numa tigela. Era adicionada água e depois de ser espremida a mistura ligeiramente narcótica era ingerida.
Durante as expedições e durante tempos de fome o peixe e o taro preservados eram cortados, secados, triturados e de vez em quando mesmo batidos numa massa pastosa chamada “pa’i ‘ai”. Era um alimento básico importante.
Texto português corrigido por Dietrich Köster.